RESISTÊNCIA À INSULINA: CAUSAS, SINAIS, SINTOMAS, EXAMES E TRATAMENTO

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Andreia Torres nasceu no Rio de Janeiro mas morou quase toda a vida em Brasília, onde fez graduação, especializações, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Trabalhou por mais de 10 anos em sua clínica e dando aula em faculdades e universidades. Em 2015 foi aos Estados Unidos pesquisar em Harvard e vive atualmente em Portugal. Para contratar consultorias ou comprar algum de seus cursos acesse: www.AndreiaTorres.com.br

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A resistência à insulina é a incapacidade das células responderem normalmente ao hormônio insulina, sendo assim, a insulina não consegue exercer adequadamente suas funções fisiológicas.

Um dos mecanismos fisiológicos ligados a resistência à insulina é o aumento da gordura abdominal, pois eleva a produção de interferon-γ que ativa macrófagos teciduais e induzem a secreção de citocinas inflamatórias como a resistina.

A resistina leva a diversas alterações moleculares que impactam na resistência à insulina como o aumento da produção do fator de necrose tumoral alfa, proteína quimioatraente de monócitos e redução da AMPK (proteína que eleva a oxidação de gorduras).

Na resistência à insulina, o excesso de insulina circulante aumenta a estimulação simpática, a vasoconstrição, promove maior reabsorção de sódio e água pelos túbulos renais e ductos coletores, e dessa maneira, leva à hipertensão.

Também pode ocorrer uma menor fibrinólise, ou seja, a quebra dos coágulos está prejudicada, o que pode elevar o risco de infarto e AVC.

Temos também aumento da inflamação devido a maior atividade do Fator Nuclear Kappa B (NF-κB) e da enzima ciclo-oxigenasse, que reduzem a atividade da lipase lipoproteica e aumenta os ácidos graxos livres circulantes.

A elevação de ácidos graxos livres impacta no aumento de diacilglicerol e ceramida que ativam proteínas de serina/treonina quinase levando a inibição do receptor de insulina e consequentemente menor ativação do GLUT-4 (transportador de glicose), o que leva a resistência à insulina e diabetes.

Esse quadro pode ser modificado pelo treinamento prescrito adequadamente. Mas, não é fazer qualquer coisa, e sim, promover repercussões fisiológicas de aumento da expressão de receptores de insulina, GLUT-4, de citocinas anti-inflamatórias como interleucina-10 e adiponectina, hipertrofia, entre outras.

A alimentação também é imprescindível, desde que seja bem prescrita, pois se vier àquela frase tosca “basta ingerir menos e gastar mais”, dai não adianta, pois esse olhar pequeno não resolve. Ainda bem, pois se bastasse ingerir menos e gastar mais não seria necessário existir nutricionistas.